Atualmente existem 36 projetos em desenvolvimento
A quantidade de co-produções realizadas nos últimos cinco anos aumentou consideravelmente, conforme apontam os dados resultantes de levantamento realizado pala Ancine. Os números foram apresentados pelo diretor-presidente da Agência, Manoel Rangel, durante a abertura do II Seminário de Co-produção, que acontece nos dias 26 e 27 de setembro, por ocasião do Festival do Rio.
Segundo Manoel Rangel, pouco a pouco o Brasil vem se abrindo mais para o mercado internacional, a partir de novas co-produções cinematográficas. O levantamento feito pela Ancine revela que, até 2002, foram documentados 19 casos de co-produção internacional. Já entre 2003 e 2007, foram contabilizados 37 projetos com entrada nos diversos mecanismos do governo federal. Este número tende a crescer ainda mais nos próximos anos, já que há, atualmente, 36 projetos de co-produção internacional em diversas etapas de desenvolvimento. Estes dados estão disponíveis aqui.
“Isso é resultado de uma mudança de atitude dos nossos produtores que atuam no processo de internacionalização do audiovisual brasileiro, no sentido de elaborar estratégias visando a abertura de novos espaços para a circulação dos nossos produtos”, resumiu Rangel. Para ele, a questão central da política cinematográfica ainda deve ser a expansão e ocupação do mercado interno, visto como algo fundamental para a sustentabilidade da produção local. “Mas nós também entendemos que a ocupação de espaços internacionais é importante do ponto de vista econômico e, principalmente, para a difusão da cultura brasileira”, acrescentou.
Acordos internacionais - Outro ponto ressaltado pelo diretor-presidente da Ancine foi o empenho do governo federal na criação de uma política de promoção da indústria audiovisual brasileira no cenário internacional. Conforme Manoel Rangel, parte deste trabalho está relacionado à aproximação com autoridades cinematográficas de outros países para a assinatura de novos acordos de cooperação e também para a revisão dos acordos existentes.
Neste sentido, foram renovados os acordos com a Alemanha e com a França, e também estará sendo assinado um novo acordo com a Itália, durante o Festival de Roma, em outubro, que contará com a presença do ministro da Cultura Juca Ferreira. “Nos últimos dois anos também visitamos a Índia, a China e a Rússia, prospectando novos mercados, e preparamos um acordo com a Índia que está em processo de aprovação no Congresso Nacional. Também renovamos o acordo Iberoamericano, que envolve 18 países e um programa multilateral de co-produção”, acrescentou.
Outros acordos de cooperação cinematográfica estão em evolução, a exemplo do acordo firmado com Portugal e o Edital da Galícia. Também está em curso uma ampliação do acordo com a Argentina de distribuição bilateral, que caminha agora para ser também um acordo de produção. “Todos esses instrumentos representam o esforço sistemático do governo brasileiro na criação de um ambiente propício para o desenvolvimento do audiovisual no país e para sua projeção no exterior”, concluiu.