ANCINE
Informativo da Agência Nacional do Cinema Nº 19 | 08   














Informações como público e renda das salas de cinema serão atualizadas periodicamente

Desde a extinção da Empresa Brasileira de Filmes (Embrafilme) e do Conselho Nacional de Cinema (Concine), no início dos anos 90, o Estado não divulga de maneira periódica e sistemática informações e análises técnicas sobre o mercado audiovisual. Este hiato de quase duas décadas marcado pela ausência de dados oficiais será interrompido nesta sexta-feira (dia 19 de dezembro), com o lançamento do Observatório Brasileiro do Cinema e Audiovisual (O.C.A.) pela Agência Nacional do Cinema (ANCINE).

O.C.A. é um espaço dedicado à publicação de dados e análises técnicas sobre a atividade audiovisual no Brasil e poderá ser acessado no endereço eletrônico www.ancine.gov.br, no ícone do O.C.A. Lá estarão disponíveis informações sobre o mercado de salas de cinema, além de relatórios contendo números compilados sobre a distribuição no segmento de vídeo doméstico e sobre as programações das TVs abertas e por assinatura.

“Estamos nos estruturando para transformar o espaço da ANCINE na internet num centro de informações e de referência sobre o cinema e o audiovisual brasileiro, e o Observatório é um passo importante nesta direção”, afirma Manoel Rangel, diretor-presidente da ANCINE, acrescentando que, no futuro, o objetivo da Agência é integrar uma rede internacional de observatórios do audiovisual.

O O.C.A. está dividido em cinco seções. A seção ‘Notas Técnicas e Informes’ apresenta informações semanais e mensais sobre o segmento de salas de cinema, elaboradas com base em dados primários coletados pelos sistemas de acompanhamento de mercado da ANCINE. É a primeira vez que a Agência disponibiliza esses dados. Em breve serão publicadas informações atualizadas também sobre o segmento de vídeo doméstico, compiladas a partir de dados primários recolhidos dos próprios agentes de mercado, conforme prevê a Lei nº 11.437, de dezembro 2006. Nesta seção também serão publicadas notas técnicas produzidas pelo corpo técnico da ANCINE contendo análises sobre o comportamento do mercado.

Na seção ‘Relatórios’ serão disponibilizados dados sobre o mercado audiovisual brasileiro, recolhidos de diversas fontes, primárias e secundárias. Nesse mesmo espaço haverá referências históricas sobre o mercado de cinema, como, por exemplo, relatórios produzidos no período da Embrafilme.

Há também o espaço ‘Teses e Monografias’, ainda em construção, que será destinado à publicação de trabalhos acadêmicos, estudos, artigos e resenhas sobre o mercado audiovisual. A perspectiva é transformar essa seção em espaço para interlocução com as universidades brasileiras, estimulando a pesquisa no campo do audiovisual.

Em ‘Metodologia e Índices’ poderão ser acessadas informações referentes à metodologia de coleta de dados, além de alguns índices macroeconômicos sobre o Brasil que possam servir como referência para usuários de outros países. Na seção ‘Dados do Mercado Internacional’ o usuário encontrará os principais sítios contendo informações sobre o mercado audiovisual de outros países.

“Com a implantação do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual, haverá maior compartilhamento de informações e transparência com relação aos números do mercado, possibilitando a todos um melhor planejamento e uma política pública organizada de forma mais sistêmica e articulada”, conclui o diretor-presidente da ANCINE..

 



Inscrições são prorrogadas até 22 de dezembro. Projetos devem ser enviados por e-mail

No dia 06 de fevereiro de 2009 acontecerá o Encontro de Produtores Brasil-Alemanha, em Berlim, Alemanha. O Encontro é uma iniciativa da ANCINE, do German Films e do Filmförderungsanstalt (FFA), com apoio do Cinema do Brasil. Durante o evento, produtores do Brasil e da Alemanha apresentarão seus projetos de obra cinematográfica de longa-metragem aos seus congêneres presentes.

Seleção dos projetos de produtores brasileiros:

Os projetos brasileiros deverão ser encaminhados por empresas produtoras brasileiras registradas na ANCINE ao Programa Cinema do Brasil até o dia 22 de dezembro, somente por e-mail.

A data do envio será considerada como a de inscrição. A mensagem deverá conter os documento(s) anexo(s), em formato word ou pdf, contendo as seguintes informações:

  • Título do projeto de obra cinematográfica de longa-metragem, em português e inglês;
  • Sinopse (máximo de 10 linhas), em português e inglês;
  • Resumo do argumento (4 a 10 páginas) em português. Não serão aceitos roteiros;
  • Nome e informações relevantes sobre a empresa produtora brasileira titular do projeto (máximo de uma página), em português e inglês;
  • Nome e currículo profissional do produtor responsável pelo projeto (máximo de uma página), em português e inglês;
  • Prova documental da titularidade dos direitos da obra;
  • Contatos do produtor responsável pelo projeto e da sua empresa;
  • Outras informações consideradas relevantes sobre o projeto, caso disponíveis (autor do argumento, diretor, elenco etc., máximo de uma página) em português e inglês.

As mensagens com as informações acima listadas deverão ser enviadas obrigatoriamente para cinemadobrasil@gmail.com, com cópia para analeticia@sicesp.org.br e rachel.monteiro@gmail.com, devendo ser indicado "Encontro de Produtores Brasil-Alemanha" no campo Assunto. Não serão aceitas inscrições enviadas a somente um dos endereços acima listados.

Uma comissão “ad hoc” selecionará os até 6 (seis) projetos que participarão do Encontro. Vale lembrar que estes devem ter real potencial para co-produção com a Alemanha.

Em Berlim, os projetos selecionados serão apresentados por seus produtores, de forma estruturada (“pitching”), aos produtores alemães presentes. As apresentações não deverão ultrapassar 10 minutos.

Resultados:

Após a deliberação da comissão de seleção, o Programa Cinema do Brasil comunicará os resultados aos produtores responsáveis pelos projetos selecionados.

O resumo do argumento dos projetos selecionados deverá ser traduzido para o inglês e enviado por e-mail ao Programa Cinema do Brasil no prazo de 05 dias a partir da divulgação do resultado da seleção..

 



I Fórum de Boas Práticas Repressivas ao Comércio de Produtos Audiovisuais Falsificados reuniu titulares de delegacias especializadas no Rio

Nos dias 1º e 2 de dezembro, o Centro de Apoio ao Combate à Pirataria da Superintendência de Fiscalização da ANCINE realizou, no Rio de Janeiro, o primeiro Fórum de Boas Práticas Repressivas ao Comércio de Produtos Audiovisuais Falsificados. O encontro, que contou com a presença de delegados de polícia lotados em delegacias especializadas no combate à pirataria em vários estados do País, foi aberto pelo diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema, Manoel Rangel.

Em sua apresentação, Rangel destacou como o crescimento do comércio de obras audiovisuais falsificadas no Brasil, nos últimos anos, vem causando forte impacto sobre o mercado legítimo. Os prejuízos são sentidos tanto no chamado mercado Premium - o circuito de salas de cinema -, quanto no mercado de DVDs. “No nosso olhar, além de desarmar os grupos criminosos que controlam esse mercado, é importante fazer um trabalho de conscientização do consumidor. Por isso temos procurado colaborar com as forças policiais do Rio de Janeiro e agora, através desse Fórum, esperamos alargar os laços que existem aqui para o resto do País”, afirmou Rangel.

Durante os dois dias de trabalhos, titulares de delegacias especializadas de estados como Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pernambuco puderam trocar experiências sobre o combate à pirataria. Foi a primeira vez que os delegados se reuniram com o objetivo de integrar ações e discutir novas formas de atuação.

Entre os palestrantes convidados para inspirar a elaboração de políticas repressivas eficazes estavam representantes da Polícia Federal, da Receita Federal, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Firjan. Um dos destaques foi a apresentação de uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Sofware (ABS) ao Instituto Akatu com o intuito de descobrir como o consumidor enxerga o comércio de produtos ilegais. Entre os entrevistados, 75% admitiram comprar produtos falsificados, mesmo sabendo que estão cometendo um crime. O consumidor também acha que os artistas e fabricantes já são ricos e por isso não são ameaçados pelos camelôs, que estão trabalhando.

Diante desse resultado, a sugestão dos pesquisadores é mudar o foco das campanhas educativas, evitando “tom acusatório” e principalmente o uso do termo pirata, que seria “charmoso”. O ideal é usar termos como ilegal e falsificado e incluir outros temas, como ética, oferecendo um convite à mudança de atitude.

Terminado o Fórum, o Centro de Apoio ao Combate à Pirataria da Superintendência de Fiscalização da ANCINE preparou um documento com as conclusões do encontro, que será enviado a entidades com o Conselho Nacional de Combate à Pirataria do Ministério da Justiça.

 



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