Presidente Lula destaca consumo de cinema brasileiro em evento de lançamento do benefício
27/07/09 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou na noite do dia 23 de julho, em São Paulo, em cerimônia organizada pelo Ministério da Cultura , o projeto de lei do Vale Cultura, benefício que oferecerá ao trabalhador um cartão magnético no valor de R$ 50 para consumir produtos culturais como filmes, espetáculos teatrais e na compra de DVDs e livros. “O Vale Cultura é parte do projeto de nação e de sociedade do governo Lula, no qual a cultura é reconhecida como um item de primeira grandeza. Estamos levando arte e cultura para a mesa dos brasileiros, para que a alma da população seja bem nutrida e o cidadão tenha um pouco mais do que o básico à sua existência”, declarou o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, que abriu a cerimônia.
Em seu discurso, o presidente Lula destacou a importância do mecanismo para o mercado audiovisual brasileiro e reforçou seu apoio ao projeto de expansão do parque exibidor atualmente em estudo pela ANCINE. “Nós precisamos descobrir uma política de incentivo para levar salas de cinema para a periferia das grandes cidades e fazer os bons filmes chegarem lá. É um desafio para nós reativar esse mercado”, declarou o presidente.
Presente à cerimônia, o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, reagiu com entusiasmo ao desafio lançado por Lula. “O presidente demonstrou que acredita na política pública para o cinema e o audiovisual estabelecida pelo Ministério da Cultura. Nós estaremos junto com a comunidade cinematográfica e o Conselho Superior de Cinema trabalhando na materialização dessa diretriz”, afirmou Rangel, aproveitando para anunciar detalhes do projeto de expansão do circuito de salas, que a ANCINE vem desenvolvendo com o BNDES há três meses.
“Nós construímos um indicador que mapeia a demanda por salas de cinema em todo o País. Temos 73 cidades com mais de 100 mil habitantes sem salas, além de áreas de concentração de classe C nas grandes cidades onde é possível estabelecer parcerias com empresas privadas. Como bem disse o presidente, o estado não vai abrir salas, mas criar condições de financiamento, de desoneração tributária para viabilizar sua abertura. Há exibidores dispostos a isso, que já sinalizaram para nós esse interesse, e o discurso do presidente
dá um comando para todo o governo ”, concluiu Rangel.
Sobre o Vale Cultura, o diretor-presidente da ANCINE fez coro aos representantes do setor audiovisual presentes à cerimônia no Teatro Raul Cortez: “O Vale Cultura é absolutamente fundamental para viabilizar que mais brasileiros vejam filmes brasileiros. Tenho certeza que os deputados e senadores vão acolher o projeto, pois têm compromisso com iniciativas desse tipo, que viabilizam inclusão com consumo de cultura. A ANCINE vai estar empenhada na mobilização de produtores e realizadores para a aprovação do Vale Cultura, pois o considera peça fundamental na estratégia de expansão do acesso ao consumo de audiovisual pelos brasileiros”.
Para o presidente da Associação Paulista de Cineastas, Ícaro Martins, o Vale Cultura “vai ajudar a recuperar uma fatia de público que o cinema brasileiro já teve em anos anteriores”. “Este projeto é uma unanimidade em todos os setores da cultura no Brasil. Esperamos que entre em operação logo e que em médio prazo se torne uma coisa exponencial”, declarou.
O diretor Hector Babenco também comemorou a iniciativa do Ministério da Cultura. “É um projeto irrepreensível, tinha que acontecer em algum momento. Cinema é a diversão mais popular que existe, e para romper a barreira do público que freqüenta as salas no Brasil, só subindo a renda ou levando cinema subvencionado para essas pessoas. É uma necessidade vital. É através do cinema que a criança aprende a sonhar, a ouvir outras vozes e conhecer outras culturas. Temos que investir no que nós gostamos e sabemos fazer, para fazer cada vez melhor”, comemorou.
Saiba mais sobre o Vale Cultura no blog criado pelo Ministério da Cultura:
http://blogs.cultura.gov.br/valecultura/