ANCINE
Informativo da Agência Nacional do Cinema Nº 30 | 09   














Governo e mercado audiovisual articulam estratégia para proteger filmes nacionais


30/09/09
- O combate ao comércio ilegal de DVDs de filmes brasileiros é o foco de uma série de ações que a ANCINE e o Ministério da Justiça (MJ) lançam nas próximas semanas, em parceria com representantes do setor audiovisual do País. As linhas gerais da campanha foram discutidas essa semana no escritório central da Agência, no Rio de Janeiro, em encontro que reuniu o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, e o presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), Luiz Paulo Barreto.

A estratégia de ação que articulará o poder público e a classe cinematográfica prevê operações de apreensão em feiras e camelôs, com a participação das forças policiais do País, campanhas educativas e medidas preventivas desde o início da produção do filme, como o controle do acesso às cópias.

“A idéia é montar um plano de combate ao comércio de DVDs falsificados, mas também fazer um esforço pedagógico de estímulo ao consumo legal”, explica Manoel Rangel, adiantando que nos próximos dias um grupo de trabalho formado por representantes da ANCINE, do MJ e do mercado se reunirá para definir a primeira etapa da estratégia de ação, em que os responsáveis pelos grandes lançamentos de filmes nacionais – alvos preferenciais dos falsificadores – previstos para acontecer entre novembro deste ano e julho de 2010 serão convidados a participar.

“O cinema nacional está em forte evolução nesse momento. Vários filmes estão sendo lançados. E a gente tem a preocupação de que a pirataria acabe por prejudicar esses filmes”, observa Luiz Paulo Barreto.

Também essa semana o diretor-presidente da ANCINE e o presidente do CNCP participaram do seminário ‘A Pirataria e o Crime Organizado', realizado no âmbito do RioMarket, mercado de negócios do Festival do Rio. O encontro foi mediado pelo advogado e diretor da Motion Pictures Association América Latina, Marcio Gonçalves, e contou ainda com a participação do americano James Cooper, professor da Califórnia Western School of Law, que realizou documentário sobre pirataria na América Latina, do presidente-executivo do instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), André Franco Montoro Filho e do coordenador antipirataria da ( ABES), Antonio Eduardo Mendes Pitanga.

Em sua apresentação, Manoel Rangel ressaltou que a pirataria atinge de maneira dramática a produção audiovisual brasileira, cujo rendimento depende muito do mercado de home vídeo. “O combate ao comércio ilegal é um desafio abrangente, pois a ação repressiva por si só não é capaz de zerar a atividade. Precisamos criar um caminho de comunicação permanente com a sociedade e encontrar o tom certo para convencer o consumidor a não comprar produtos falsificados”, afirmou o diretor-presidente da ANCINE.

 




Expansão do parque exibidor e da base de assinantes da TV paga são prioridades


30/09/09
- O diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, participou da mesa de abertura do RioSeminars, na sexta-feira, 25, no RioMarket, a área de negócios do Festival do Rio. Ele debateu o financiamento do audiovisual no Brasil com Luciane Gorgulho (diretora do Departamento de Cultura do BNDES) e Sérgio Sá Leitão (presidente da Riofilme), com mediação de Carlos Eduardo Rodrigues, diretor da Globo Filmes. No RioSeminars acontecem os painéis e workshops reunindo conceituados profissionais do audiovisual para discutir temas de alta relevância, como financiamento, roteiro, pirataria e novas mídias.

Apresentando dados, tabelas e planilhas sobre a evolução da economia do audiovisual no Brasil nos últimos anos e os diferentes mecanismos de financiamento geridos pela ANCINE, Rangel destacou a necessidade de fortalecimento do mercado interno, por meio da atuação em duas frentes: a expansão do parque exibidor, hoje composto por 2.278 salas de cinema, e o crescimento da televisão por assinatura, que só atinge atualmente cerca de 11% dos domicílios (com uma base de 6,2 milhões de assinantes):

“O índice de penetração desse serviço ainda é muito baixo. Existe um mercado potencial de 26,5 milhões de assinaturas, nas classes A, B e C – afirmou Rangel. – Países como Argentina, Índia e Colômbia já provaram que é possível ter uma penetração do serviço em torno de 60%, com a incorporação de classes sociais de perfil sócio-econômico médio.”

O diretor-presidente da ANCINE lembrou também que a implementação do Fundo Setorial do Audiovisual e do Artigo 3ºA da Lei do Audiovisual representam a injeção de novos recursos no setor e permitem um planejamento estratégico do mercado.

Luciane Gorgulho e Sérgio Sá Leitão enfatizaram em suas falas os mecanismos que injetam no mercado recursos reembolsáveis. Luciane destacou ainda a importância dos Funcinesna estratégia adotada pelo BNDES para o setor, enquanto Sérgio comemorou o primeiro balanço positivo da Riofilme, graças à participação da empresa no sucesso de bilheteria Divã, e ressaltou que o cinema é uma indústria que gera empregos e movimenta a economia:

“Financiar o audiovisual não é doar dinheiro, é investir em um setor da indústria que, como o automobilístico, é capaz de gerar retorno, empregos e movimentar o país”, afirmou.

 


































Instrumento vai facilitar cooperação entre produtores de cinema dos dois países


30/09/09
- O Senado ratificou essa semana o texto do acordo de co-produção audiovisual entre o Brasil e a Índia, celebrado em Nova Déli em 4 de junho de 2007, ao aprovar o projeto de decreto legislativo 492/09.

O acordo regulamenta, entre outras medidas, o percentual de cotas de participação financeira na co-produção e a linguagem a ser utilizada na obra audiovisual, além de definir as autoridades competentes encarregadas de sua implementação.

"Trata-se de instrumento que cria condições institucionais para facilitar a cooperação entre os produtores brasileiros e o setor audiovisual indiano, conhecido por sua expressiva capacidade de produção e de exportação no campo cinematográfico", afirmou em sua exposição o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Ainda segundo o ministro, o acordo oferece ainda vantagem de as obras realizadas em regime de co-produção serem consideradas nacionais nos dois países, condição que abre oportunidades de ingresso dos filmes brasileiros no mercado indiano.

O decreto legislativo 429/09 foi publicado na seção 1 do Diário Oficial da União de 28 de setembro.

Com informações da Agência Senado

 







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