Cinco comissões da casa se reuniram com representantes do setor audiovisual para debater projeto que cria espaço para produção independente na TV por assinatura
Na última quinta-feira, 16 de junho, cinco Comissões do Senado Federal promoveram audiência pública conjunta para debater o PLC 116, que abre a possibilidade de participação das empresas de telefonia no mercado de TV por assinatura e fixa cotas de conteúdo nacional na programação das emissoras.
Ao abrir o mercado de TV por assinatura para as operadoras de telecomunicações, estimulando a competição na oferta do serviço, e ao criar mecanismos de estímulo para o conteúdo nacional e para canais brasileiros, o PLC 116 terá um impacto positivo no mercado. Ele reforçará a demanda por conteúdos audiovisuais nacionais, gerando escala para a criação de novas empresas, produtoras e programadoras. Com isso, deve aumentar a penetração da TV paga, que no Brasil corresponde a menos de 1/3 do alcance do serviço em países como Argentina, Índia ou China.
Além disso, o preço do serviço deverá ser reduzido, em razão de ser prestado por um número maior de empresas. O PLC 116 cria, ainda, condições favoráveis à universalização da banda larga, induzindo o investimento em redes que só se justificam economicamente com o triple play. Isso poderá alavancar os serviços de vídeo por demanda no Brasil.
A audiência no Senado contou com a presença dos presidentes das Comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática; Constituição, Justiça e Cidadania; Educação, Cultura e Esporte; Assuntos Econômicos e Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.
Ao longo de mais de três horas, representantes de agências reguladoras, do setor audiovisual e das telecomunicações expuseram posicionamentos a respeito do PLC, oferecendo aos senadores e ao público um amplo painel do mercado e opiniões diversas que refletem a complexidade do tema.
“A histórica audiência do Senado coroou o debate sobre o novo marco regulatório, que é uma necessidade do país”, comentou Manoel Rangel, diretor-presidente da ANCINE. Em sua exposição, Rangel reforçou a defesa do conteúdo brasileiro independente na programação da TV por assinatura, a abertura deste mercado e a necessidade de ofertas de serviços de qualidade a custo menor para o cidadão.
Fruto de uma longa pactuação, o PLC 116 representa um passo importante para o desenvolvimento de uma economia audiovisual competitiva e inovadora, que pode transformar o Brasil num grande centro produtor e programador de conteúdos audiovisuais.
Também participaram dos debates representantes da Anatel, da Associação Brasileira das Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV), da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), da Associação Brasileira de Radiodifusores (ABRA), da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), da Associação Brasileira de Programadores de TV por Assinatura (ABPTA), da HBO e da Associação Brasileira de Telecomunicações (TELEBRASIL).
Filmes selecionados para eventos padrão A receberão apoio financeiro para promoção
O Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais, uma das ações da ANCINE voltadas para a divulgação do cinema nacional no mercado externo, ganhou novas regras. A principal alteração trazida pela Portaria 180 diz respeito ao tipo de apoio concedido a obras selecionadas para um dos 47 festivais classificados na categoria A do programa, que no total contempla 72 eventos.
A partir de agora, o representante de filme convidado para festivais A receberá recursos para comprar passagem aérea e custear eventuais despesas com material de divulgação, como folhetos, cartazes e reproduções em DVD.
Outra regra fixada pela Portaria 180 amplia para até 90 dias, a contar do enceramento do festival, o prazo para prestação de contas do apoio recebido. Nesta etapa o representante do filme deverá apresentar comprovantes de uso dos recursos, relatório sobre as atividades realizadas durante o evento e sugestões que possam contribuir para o aperfeiçoamento do programa.
Saiba mais sobre o programa
Desde 2006, o Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais garantiu a presença de 103 curtas, 25 médias e 182 longas-metragens em mais de 160 eventos realizados em todo o mundo.
Para produções convidadas a participar de mostras classificadas como Apoio A o programa concede cópia legendada, envio de cópia e apoio financeiro para promoção do filme. Para as mostras Apoio B a ANCINE custeia cópia legendada e envio da mesma. E para os festivais Apoio C, a agência financia envio de cópia.
Em 2011, até o momento, 45 filmes selecionados para 21 festivais – como Sundance, Berlim, Cannes, Huesca, Xangai, Clermont-Ferrand e Uruguai – foram apoiados pelo programa.
A solicitação de apoio deve ocorrer no prazo mínimo de 25 dias de antecedência em relação à data de início do festival. Os requerimentos devem ser enviados via correio eletrônico para programa.apoio@ancine.gov.br. Informações pelo tel. (21) 3037-6236.
Serviços como registro de obras e empresas serão suspensos durante reforma elétrica na Agência
Em função de serviços de modernização dos quadros elétricos do Escritório Central da ANCINE no Rio de Janeiro, o Portal ANCINE ficará fora do ar por dois períodos: na quinta-feira, dia 23, das 8h às 12h, e no domingo, dia 26, no mesmo horário. Nesses dois períodos todos os serviços acessíveis por meio do Portal, como registro de obras, títulos e empresas, serão suspensos.